Um produto ideológico faz parte de uma realidade (natural ou social ) como todo o corpo físico, instrumento de produção ou produto de consumo; mas, ao contrário destes, ele também reflete e retrata uma realidade, que lhe é exterior. Tudo o que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos, tudo o que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia
(Mikhail Bakhtin, Marxismo e Filosofia de Linguagem)
Alguns comentários sobre o meio e a mensagem na internet.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Fidel e os Quatro Cavaleiros do Apocalipse




28 DE AGOSTO DE 2013 - 8H18 

Fidel Castro: A mentira tarifada 

O que me move a escrever é o fato de que estão para ocorrer acontecimentos graves. Não transcorrem em nossa época 10 ou 15 anos sem que nossa espécie corra perigos reais de extinção. Nem Obama nem ninguém poderia garantir outra coisa; digo isto por realismo, já que somente a verdade nos poderia oferecer um pouco mais de bem-estar e um sopro de esperança. Em matéria de conhecimentos, chegamos à maior idade. Não temos direito a enganar nem a nos enganarmos.

Por Fidel Castro

Em sua imensa maioria a opinião pública conhece bastante sobre o novo risco que está às suas portas.

Não se trata simplesmente de que os mísseis de cruzeiro apontem para objetivos militares da Síria, mas que esse valente país árabe, situado no coração de mais de um bilhão de muçulmanos, cujo espírito de luta é proverbial, declarou que resistirá até o último alento a qualquer ataque a seu país.

Todos sabem que Bashar al-Assad não era político. Estudou medicina. Graduou-se em 1988 e se especializou em oftalmologia. Assumiu um papel político com a morte de seu pai, Hafez al-Assad, no ano 2000 e depois da morte acidental de um irmão antes de assumir aquela tarefa.

Todos os membros da Otan, aliados incondicionais dos Estados Unidos e uns poucos países petroleiros aliados ao império naquela região do Oriente Médio, garantem o abastecimento mundial de combustíveis de origem vegetal, acumulados ao longo de mais de um bilhão de anos. Em contrapartida, a disponibilidade de energia procedente da fusão nuclear de partículas de hidrogênio, tardará pelo menos 60 anos. A acumulação dos gases de efeito estufa continuará, assim, crescendo a elevados ritmos e após colossais investimentos em tecnologias e equipamentos.

Por outro lado, afirma-se que em 2040, em apenas 27 anos, muitas tarefas que a polícia realiza hoje, como impor multas e outras tarefas, seriam realizadas por robôs. Imaginam os leitores quão difícil será discutir com um robô capaz de fazer milhões de cálculos por minuto? Na realidade era algo inimaginável há alguns anos.

Há apenas algumas horas, na segunda-feira, 26 de agosto, notícias das agências clássicas, bem conhecidas por seus serviços sofisticados aos Estados Unidos, dedicaram-se a difundir a informação de que Edward Snowden teve que se estabelecer na Rússia porque Cuba tinha cedido às pressões dos Estados Unidos.

Ignoro se alguém em algum lugar disse algo ou não a Snowden, porque essa não é minha tarefa. Leio o que posso sobre notícias, opiniões e livros que são publicados no mundo. Admiro o que há de valente e justo das declarações de Snowden, com o que, a meu juízo, prestou um serviço ao mundo ao revelar a política repugnantemente desonesta do poderoso império que mente e engana o mundo. Com o que eu não estaria de acordo é que alguém, quaisquer que fossem os seus méritos, possa falar em nome de Cuba.

A mentira tarifada. Quem a afirma? O diário russo Kommersant. O que é esse libelo? Segundo explica a própria agência Reuters, o diário cita fontes próximas ao Departamento de Estado norte-americano: “O motivo disso foi que no último minuto Cuba informou às autoridades que impediram que Snowden tomasse o voo da companhia aérea Aeroflot”.

“Segundo o jornal, […] Snowden passou um par de dias no consulado russo de Hong Kong para manifestar sua intenção de voar para a América Latina via Moscou.”

Se eu quisesse, poderia falar destes temas sobre os quais conheço amplamente.

Hoje observei com especial interesse as imagens do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, durante sua visita ao navio principal do destacamento russo que visita a Venezuela depois de sua escala anterior nos portos de Havana e da Nicarágua.

Durante a visita do presidente venezuelano ao navio, várias imagens me impressionaram. Uma delas foi a amplitude dos movimentos de seus numerosos radares capazes de controlar as atividades operacionais da embarcação em qualquer situação que se apresente.

Por outro lado, indagamos sobre as atividades do jornal mercenário Kommersant. Em sua época, foi um dos mais perversos veículos de imprensa a serviço da extrema direita contrarrevolucionária, a qual se aproveita do fato de que o governo conservador e lacaio de Londres envie seus bombardeiros à Base Aérea no Chipre, prontos para lançar suas bombas sobre as forças patrióticas da heroica Síria, enquanto no Egito, qualificado como o coração do mundo árabe, milhares de pessoas são assassinadas pelos autores de um grosseiro golpe de Estado.

É nesse clima que se preparam os meios navais e aéreos do império e de seus aliados para iniciar um genocídio contra os povos árabes.

É absolutamente claro que os Estados Unidos sempre tratarão de pressionar Cuba como faz com a ONU ou qualquer instituição pública ou privada do mundo, uma das características dos governos desse país e não seria possível esperar de seus governos outra coisa; mas não é vão que há 54 anos se resiste defendendo sem trégua – e o tempo adicional que for necessário –, enfrentando o criminoso bloqueio econômico do poderoso império.

Nosso maior erro é não termos sido capazes de aprender muito mais em muito menos tempo.

Fidel Castro Ruz, 27 de agosto de 2013, 20h34
Fonte: Cubadebate
Tradução do Blog da Resistência [www.zereinaldo.blog.br]

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Al Qaeda - Com todo o Gás


As autoridades do Iraque anunciaram neste sábado que foi desmantelada uma célula da rede Al-Qaeda que fabricava armas quimicas, entre elas, gás sarin e gás mostarda, destinadas a atentados no próprio país, na Europa e nos Estados Unidos. Um relatório da ONU divulgado hoje aponta que mais de mil pessoas morreram em atentados no país em maio.



IRAQUE - Artigo publicado em 01 de Junho de 2013 - Atualizado em 01 de Junho de 2013

Iraque desmantela célula da Al-Qaeda que fabricava armas químicas

Grupos ligados à Al-Qaeda fabricavam armas químicas para atentados dentro e fora do país.
REUTERS/Saad Shalash


Os serviços secretos iraquianos estavam a par da existência de duas fábricas na capital Bagdá e uma terceira no interior e esperaram o momento certo para invadir os locais e prender os membros da rede. Cinco homens foram detidos.

O porta-voz do ministério da Defesa iraquiano, Mohammed al-Askar, informou que, entre o material apreendido, foi encontrado um vídeo que mostrava pequenos aviões teleguiados destinados a realizar os ataques. "Esta célula recebia ordens de um outro grupo ligado à rede Al-Qaeda sobre o modo de produzir as armas", explicou al-Askar.

O grupo conseguiu fabricar gás sarin, substância tóxica que age sobre o sistema nervoso; meio miligrama do produto pode matar um adulto. Já o gás mostarda foi muito utilizado pelo exército iraquiano durante a guerra contra o Irã (1980-1988) e no dramático bombardeio da cidade de Halabja, no Curdistão iraquiano, que matou cerca de 5.000 civis em março de 1988.

Recorde de atentados

Neste sábado, as Nações Unidas divulgaram que mais de mil pessoas morreram em atentados no Iraque no mês de maio, marcando a maior alta da violência desde a guerra civil de 2006-2007.

Fonte: 
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20130601-iraque-desmantela-celula-da-al-qaeda-que-fabricava-armas-quimicas

TAGS: ARMAS QUÍMICAS - ATENTADO - GÁS - IRAQUE - TERRORISMO

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

No Coração das Trevas - CIA admite golpe no Irã




CIA admite que esteve por trás de golpe de Estado no Irã em 1953

A CIA (agência de inteligência americana) admitiu formalmente que esteve por trás do golpe de Estado contra o primeiro-ministro iraniano, Mohammad Mosaddeq, em 1953, segundo documentos divulgados neste domingo pelo Arquivo de Segurança Nacional.

Embora sempre se soube do envolvimento dos Estados Unidos e do Reino Unido na deposição de Mosaddeq, esta é a primeira vez que a CIA "admite formalmente que ajudou a planejar e executar o golpe", indicou o Arquivo de Segurança Nacional, um centro de pesquisa sem fins lucrativos vinculado à Universidade de George Washington.

No passado, agentes da CIA tinham assegurado que a maioria dos documentos relacionados com o golpe de 1953, em plena Guerra Fria e após a nacionalização da indústria petrolífera iraniana, tinham desaparecido ou foram destruídos na década de 1960.

Mas os pesquisadores do Arquivo de Segurança Nacional conseguiram acesso a documentos recentemente desclassificados pela CIA e que incluem vários escritos de propaganda preparados pela agência de espionagem para tentar fazer uma má imagem de Mosaddeq, informou em comunicado.

Segundo o Arquivo, um dos documentos, intitulado "Serviço de espiões de Mosadeq", acusava o primeiro-ministro iraniano de "pretender ser o salvador do Irã" mas que, por outro lado, este iniciou um vasto aparelho de espionagem contra praticamente todos os setores da sociedade, incluindo o Exército, os jornais e líderes políticos e religiosos.

O Arquivo elogiou a decisão da CIA de desclassificar os documentos, mas argumentou que esse material podiam ter sido desclassificado de forma segura "há muitos anos sem o risco de prejudicar a segurança nacional".

A publicação dos documentos aconteceu na véspera do 60º aniversário da destituição de Mosaddeq, e a referência explícita ao papel da CIA figura em um documento intitulado "A batalha pelo Irã", que data de meados da década de 1970.

Em 1981, a CIA já tinha divulgado uma versão dos eventos em resposta a um pedido da União de Liberdades Civis dos EUA, mas o documento tinha omitido todas as referências à "TPAJAX", como era conhecida a operação secreta liderada pelos EUA, disse o Arquivo.

Embora os documentos joguem luz sobre as operações de inteligência da CIA antes e depois da operação encoberta, alguns pormenores sobre quem planejou e realizou o golpe de 1953, e quem o apoiou dentro do país continuam causando disputas, segundo os pesquisadores.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/cia-admite-que-esteve-por-tras-de-golpe-de-estado-no-ira-em-1953,ae47705ddc880410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Os Canibais Brancos - Infanticídio - A Crônica de uma morte anunciada



Uma criança de oito anos foi queimada viva por madeireiros em Arame, cidade da região central do Maranhão.

Enquanto a criança – da etnia awa-guajá – agonizava, os carrascos se divertiam com a cena.

O caso não vai ganhar capa da Veja ou da Folha de São Paulo. Não vai aparecer no Jornal Nacional e não vai merecer um “isso é uma vergonha” do Boris Casoy.

Também não vai virar TT no Twitter ou viral no Facebook.

Não vai ser um tema de rodas de boteco, como o cãozinho que foi morto por uma enfermeira.

Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidar e agredir os índios. A situação é a mesma em qualquer lugar onde há um povo indígena lutando pela demarcação da sua área



E, obviamente, não vai gerar qualquer passeata da turma do Cansei ou do Cansei 2 (a turma criada no suco de caranguejo que diz combater a corrupção usando máscara do Guy Fawkes e fazendo carinha de indignada na Avenida Paulista ou na Esplanada dos Ministérios).

Entretanto, se amanhã ou depois um índio der um tapa na cara de um fazendeiro ou madeireiro, em Arame ou em qualquer lugar do Brasil, não faltarão editoriais – em jornais, revistas, rádios, TVs e portais – para falar da “selvageria” e das tribos “não civilizadas” e da ameaça que elas representam para as pessoas de bem e para a democracia.

Mas isso não vai ocorrer.

E as “pessoas de bem” e bem informadas vão continuar achando que existe “muita terra para pouco índio” e, principalmente, que o progresso no campo é o agronegócio. Que modernos são a CNA e a Kátia Abreu.

A área dos awa-guajá em Arame já está demarcada, mas os latifundiários da região não se importam com a lei. A lei, aliás, são eles que fazem. E ai de quem achar ruim.

Os ruralistas brasileiros – aqueles que dizem que o atual Código Florestal representa uma ameaça à “classe produtora” brasileira – matam dois (sem terra ou quilombola ou sindicalista ou indígena ou pequeno pescador) por semana. E o MST (ou os índios ou os quilombolas) é violento. Ou os sindicatos são radicais.

Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidade e agredir os índios.

E a situação é a mesma em todos os rincões do Brasil onde há um povo indígena lutando pela demarcação da sua área. Ou onde existe uma comunidade quilombola reivindicando a posse do seu território ou mesmo resistindo ao assédio de latifundiários que não aceitam as decisões do poder público. E o cenário se repete em acampamentos e assentamentos de trabalhadores rurais.



CIMI CONFIRMA ASSASSINATO DE CRIANÇA INDÍGENA

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) confirmou a informação que uma criança da etnia Awá-Gwajá, de aproximadamente 8 anos, foi assassinada e queimada por madeireiros na terra indígena Araribóia, no município de Arame, distante 476 km de São Luis. A denúncia feita pelo Vias de Fato, foi postada logo após receber um telefonema de um índio Guajajara denunciando o caso.

De acordo com Gilderlan Rodrigues da Silva, um dos representantes do CIMI no Maranhão, um índio Guajajara filmou o corpo da criança carbonizado. ”Os Awá-Gwajás são muito isolados, e madeireiros invasores montaram acampamento na Aldeia Tatizal, onde estavam instalados os Awá. Estamos atrás desse vídeo, ainda não fizemos a denúncia porque precisamos das provas em mãos” disse Gilderlan.


Fonte:Rogério Tomaz Jr., Conexão Brasília Maranhão

sábado, 10 de agosto de 2013

Fukushima - Um terror além da nossa imaginação





El agua radiactiva fluye inevitablemente al océano desde la central de Fukushima



Las barreras que impedían la fuga radiactiva al océano desde la siniestrada central nuclear de Fukushima ya son incapaces de cumplir su función, según informó la operadora TEPCO.

El agua subterránea acumulada en los sótanos de la central, contaminada con altos índices de tritio y estroncio, se ha elevado 60 centímetros sobre la barrera y se está vertiendo al Pacífico, admitió TEPCO.

TEPCO y la agencia para los recursos naturales y energía están tomando medidas para reforzar la barrera protectora de una manera urgente.

La empresa informó en un comunicado este viernes que comenzó a bombear el agua contaminada desde uno de los pozos de extracción instalado entre los edificios que albergan los reactores y el mar.

Esta semana el Gobierno nipón advirtió de que la central, epicentro de la crisis atómica en Japón, vierte a diario cerca de 300 toneladas de agua radiactiva subterránea al mar, al filtrarse desde los sótanos de los reactores.

TEPCO trabaja para preparar un sistema de 30 tuberías en la zona del puerto, justo frente a los maltrechos reactores, que espera tener listo para mediados de mes y que le permitirá extraer hasta 100 toneladas de este agua subterránea por día.


Texto completo en: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/102605-agua-radiactiva-fluye-oceano-fukushima

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Abelhas - Sua sobrevivência ameaçada pelo Homem

Cientistas descobrem o que está matando as abelhas, e é mais grave do que se pensava

Como já é sabido, a misteriosa mortandade de Apis mellifera na América do Norte, que polinizam US $ 30 bilhões em cultura só nos EUA, em apenas um inverno ruim que dizimou sua população poderá deixar os campos improdutíveis. Agora, um novo estudo identificou algumas das prováveis causas ​​da morte das abelhas, e os resultados bastante assustadores mostram que evitar o Armagedom das abelhas será muito mais difícil do que se pensava anteriormente.

Os cientistas tinham dificuldade em encontrar o gatilho para a chamada Colony Collapse Disorder (CCD), (Desordem do Colapso das Colônias, em inglês), que dizimou cerca de 10 milhões de colmeias, no valor de US $ 2 bilhões, nos últimos seis anos. Os suspeitos incluem agrotóxicos, parasitas transmissores de doenças e má nutrição. Mas, em um estudo inédito publicado este mês na revista PLoS ONE, os cientistas da Universidade de Maryland e do Departamento de Agricultura dos EUA identificaram um caldeirão de pesticidas e fungicidas contaminando o pólen recolhido pelas abelhas para alimentarem suas colmeias. Os resultados abrem novos caminhos para sabermos porque um grande número de abelhas está morrendo e a causa específica da DCC, que mata a colmeia inteira simultaneamente.

Quando os pesquisadores coletaram pólen de colmeias que fazem a polinização de cranberry, melancia e outras culturas, e alimentaram abelhas saudáveis, essas abelhas mostraram um declínio significativo na capacidade de resistir à infecção por um parasita chamado Nosema ceranae. O parasita tem sido relacionado a Desordem do Colapso das Colônias (DCC), embora os cientistas sejam cautelosos ao salientar que as conclusões não vinculam diretamente os pesticidas a DCC. O pólen foi contaminado, em média, por nove pesticidas e fungicidas diferentes, contudo os cientistas já descobriram 21 agrotóxicos em uma única amostra. Sendo oito deles associados ao maior risco de infecção pelo parasita.

O mais preocupante, as abelhas que comem pólen contaminado com fungicidas tiveram três vezes mais chances de serem infectadas pelo parasita. Amplamente utilizados, pensávamos que os fungicidas fossem inofensivos para as abelhas, já que são concebidos para matar fungos, não insetos, em culturas como a de maçã.

"Há evidências crescentes de que os fungicidas podem estar afetando as abelhas diretamente e eu acho que fica evidente a necessidade de reavaliarmos a forma como rotulamos esses produtos químicos agrícolas", disse Dennis vanEngelsdorp, autor principal do estudo.

As vendas de fungicidas cresceram mais de 30% e as vendas de inseticidas também cresceram significativamente no Brasil durante o primeiro trimestre de 2013. Divulgou a suíça Syngenta, uma das maiores empresas de agroquímicos e sementes do mundo. Crédito: Ben Margot/AP


Os rótulos dos agrotóxicos alertam os agricultores para não pulverizarem quando existem abelhas polinizadoras na vizinhança, mas essas precauções não são aplicadas aos fungicidas.

As populações de abelhas estão tão baixas que os EUA agora tem 60% das colônias sobreviventes do país apenas para polinizar uma cultura de amêndoas na Califórnia. E isso não é um problema apenas da costa oeste americana - a Califórnia fornece 80% das amêndoas do mundo, um mercado de US $ 4 bilhões.

Nos últimos anos, uma classe de substâncias químicas chamadas neonicotinóides tem sido associada à morte de abelhas e em abril os órgãos reguladores proibiram o uso do inseticida por dois anos na Europa, onde as populações de abelhas também despencaram. Mas Dennis vanEngelsdorp, um cientista assistente de pesquisa na Universidade de Maryland, diz que o novo estudo mostra que a interação de vários agrotóxicos está afetando a saúde das abelhas.

"A questão dos agrotóxicos em si é muito mais complexa do acreditávamos ser", diz ele. "É muito mais complicado do que apenas um produto, significando naturalmente que a solução não está em apenas proibir uma classe de produtos."

O estudo descobriu outra complicação nos esforços para salvar as abelhas: as abelhas norte-americanas, que são descendentes de abelhas europeias, não trazem para casa o pólen das culturas nativas norte-americanas, mas coletam de ervas daninhas e flores silvestres próximas. O pólen dessas plantas, no entanto, também estava contaminado com pesticidas, mesmo não sendo alvo de pulverização.

"Não está claro se os pesticidas estão se dispersando sobre essas plantas, mas precisamos ter um novo olhar sobre as práticas de pulverização agrícola", diz vanEngelsdorp.