Um produto ideológico faz parte de uma realidade (natural ou social ) como todo o corpo físico, instrumento de produção ou produto de consumo; mas, ao contrário destes, ele também reflete e retrata uma realidade, que lhe é exterior. Tudo o que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos, tudo o que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia
(Mikhail Bakhtin, Marxismo e Filosofia de Linguagem)
Alguns comentários sobre o meio e a mensagem na internet.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

4° Reich - O Regime Sionista Canibal




Sei que o título é algo forte, mas como denominar uma sociedade onde 49% dos estudantes judeus do ensino médio afirmam que os árabes não devem ter os mesmos direitos do que eles?

A pesquisa foi encomendada pela Centro Ma’agan Mojot para ser debatido durante um encontro promovido pela Faculdade de Educação da Universidade de Tel Aviv e o centro Para Fortalecimento dos Cidadãos de Israel.

E esse racismo desbragado não cessa aí. Quem quiser maiores detalhes consulte o Jornal Ha’aretz. Um dos organizadores do debate Daniel Bar-Tal lamentou que “a juventude judaica não tenha internalizado os valores democráticos básicos” .






Mais racismo


O Grupo Leheva, integrado por judeus ortodoxos protestou contra o namoro da modelo israelense Bar Refaeli com o ator norte-americano Leonardo Di Caprio.


O Jornal Ha’aretz publicou que a modelo recebeu uma carta do colono Baruch Marcel que, em nome do grupo Leheva, pede que ela não se case com o ator para "não danar as gerações futuras" ao misturar seu sangue com o de um "gentio" (não judeu).


"Você não nasceu judia por acaso", diz Marcel na carta, na qual acrescenta: "Seu avô e sua avó não sonharam que um descendente tiraria futuras gerações da família do povo judeu".


O autor da carta avisa que "a assimilação foi sempre um dos inimigos do povo hebreu" e faz um apelo para que a modelo pense com a razão e "olhe para frente e para trás, e não apenas para o presente".


Segundo o "Ha'aretz", o Lehava é uma organização que se dedica a "oferecer assistência" a mulheres judias que mantêm relações" com "não judeus" para evitar que casamentos sejam consumados, especialmente se aqueles forem árabes.


Pobre holocausto…




domingo, 15 de dezembro de 2013

EUA - Cidadania em Baixa - O Embuste Obama


Maior população prisional do mundo, pobreza infantil acima dos 22%, nenhum subsídio de maternidade, graves carências no acesso à saúde… bem-vindos ao “paraíso americano”


Por Pragmatismo Político





Os EUA costumam se revelar ao mundo como os grandes defensores das liberdades, como a nação com a melhor qualidade de vida do planeta e que nada é melhor do que o “american way of life” (o modo de vida americano). A realidade, no entanto, é outra. Os EUA também têm telhado de vidro como a maioria dos países, a diferença é que as informações são constantemente camufladas. Confira abaixo 10 fatos pouco abordados pela mídia ocidental.

1. Maior população prisional do mundo

Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.

2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.

Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.

O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo.

O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.

4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.

Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.

5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.

Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.

6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.

Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.

7. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poder viver nos EUA.

Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.

O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.

9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.

Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.

A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.



domingo, 10 de novembro de 2013

O Dólar desce pelo Ralo - O Fim do Império Norte Americano


Escape From The Dollar: An Interview with Paul Craig Roberts

Traduzido por João Aroldo

[*] Paul Craig Roberts acha que o Fed está em uma sinuca de bico. Uma alta nas taxas de juros poderia fortalecer o dólar, dar uma nova vida ao dólar como moeda de reserva internacional e parar o movimento para o ouro, mas uma alta nos juros poderia derrubar os mercados de ações e títulos além de reduzir o valor dos derivativos nos balanços dos bancos. Eu perguntei ao Dr. Roberts se o Fed sacrificaria o dólar para salvar os bancos e que efeito isso teria no poder de Washington em relação ao resto do mundo. Suas respostas a estas três questões sugerem que os dias de hegemonia financeira e liderança mundial de Washington estão contados.




A entrevista:


Mike Whitney: O dólar corre risco de perder sua posição como moeda de reserva? Como esta perda afetaria a liderança dos EUA e outros países?


Paul Craig Roberts: De certa maneira o dólar já perdeu seu status de moeda de reserva, mas este acontecimento ainda não foi oficialmente percebido; tampouco atingiu os mercados cambiais. Considere que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciaram sua intenção de abandonar o uso do dólar americano para o acerto de desequilíbrios comerciais entre eles e, em vez disso, acertarem suas contas em suas próprias moedas. (Há agora um website, o BRICSPOST, que informa sobre as relações em desenvolvimento entre os cinco grandes países).


Também há relatos de que Austrália e China e Japão e China vão acertar suas contas comerciais sem recorrer ao dólar.


Explicações diferentes são dadas. Os BRICS dão a entender que eles estão cansados da hegemonia financeira dos EUA e têm preocupações sobre a estabilidade do dólar em vista da excessiva emissão de nova dívida e novo dinheiro para financiá-la.

China, Austrália e Japão citaram a anulação das taxas de transação associadas à conversão de suas moedas, primeiro para o dólar e depois para outras moedas. Eles dizem que é um passo de redução de custos para reduzir os custos de transação. 

Isto pode ser um disfarce diplomático para descartar o dólar.

O shutdown parcial do governo norte-americano de outubro de 2013 e a ameaça (exagerada) de calote da dívida resultaram nos acordos de swap cambiais sem precedentes entre o banco central chinês e o banco central europeu e entre o banco central chinês e o Banco da Inglaterra. A razão dada para estes swaps foi precaução necessária contra perturbações do dólar. Em outras palavras, a instabilidade norte-americana foi vista como uma ameaça ao sistema de pagamento internacional.

O papel de moeda de reserva do dólar não é compatível com a visão de que devem ser tomadas precauções contra o possível colapso ou queda do dólar.

O pedido chinês de um “mundo des-Americanizado” é um sinal claro da crescente impaciência com a irresponsabilidade de Washington.

Resumindo, houve uma mudança de atitude em relação ao dólar e à aceitação da hegemonia financeira norte-americana.

Como a crise do déficit e do teto da dívida de outubro não foi resolvida, simplesmente transferida para janeiro/fevereiro de 2014, uma repetição do impasse de outubro vai corroer ainda mais a confiança no dólar.

Independente disso, muitos países chegaram à conclusão de que não só os EUA abusaram do seu papel de moeda de reserva, mas também de que o poder de Washington impor sua vontade e de agir fora da lei provem de sua hegemonia financeira e de que é mais difícil de resistir a esse poder financeiro do que ao poderio militar de Washington.

Enquanto o mundo, incluindo aliados norte-americanos, deixava claro enfrentando Washington e bloqueando o ataque militar de Washington à Síria, os dias de hegemonia incontestável de Washington acabaram.

Na China, Rússia, Europa e América do Sul estão se erguendo vozes contra a ilegalidade e irresponsabilidade de Washington. Esta mudança de atitude em relação aos EUA vai quebrar o sistema de imperialismo do dólar.

Mike Whitney: Como o afrouxo monetário (orig.: Quantitative Easing) do Federal Reserve está impactando o dólar e os instrumentos financeiros?

Paul Craig Roberts: A política do Federal Reserve de criar grandes quantias de novo dinheiro para ajudar os balanços de bancos grandes demais para falir (orig.: banks too big to fail) e para financiar orçamentos continuamente deficitários é outro fator minando o papel de moeda de reserva do dólar. A liquidez que o Federal Reserve injetou no sistema financeiro criou bolhas enormes nos mercados de títulos e ações. Os preços de títulos do Tesouro Americano estão tão altos que são incompatíveis com o balanço do Federal Reserve e a criação em massa de novos dólares.

Além disso, os bancos centrais e alguns investidores perceberam que o Federal Reserve está preso na política de apoio aos preços dos títulos.

Se o Federal Reserve parar apoiar os preços dos títulos, as taxas de juros vão subir, os preços de derivativos ligados a dívidas nos balanços dos bancos vão cair e os mercados de ações e de títulos entrariam em colapso. Portanto, uma redução gradual (orig.: tapering off) do afrouxo quantitativo (QE) arrisca um pânico financeiro.

Por outro lado, continuar a política de apoiar os preços de títulos corrói ainda mais a confiança no dólar.

Grandes quantias de dólares e instrumentos financeiros denominados em dólares são mantidos por todo o mundo. Os detentores de dólares estão vendo o Federal Reserve diluir seus haveres ao criar um trilhão de dólares novos por ano. O resultado natural dessa experiência é aliviar as reservas em dólar e procurar outras maneiras de manter reservas.

O Federal Reserve pode imprimir dinheiro para comprar os títulos, mas não pode imprimir moedas estrangeiras para comprar dólares. Como as preocupações quanto ao dólar aumentam, o valor cambial do dólar cai, já que mais dólares são vendidos nos mercados de câmbio. Como os EUA são dependentes de importações, isso se traduz em preços internos mais altos. A inflação em alta vai assustar mais ainda os detentores de dólares.

De acordo com relatos recentes, a China e o Japão reduziram suas reservas de Títulos do Tesouro Americano em 40 bilhões de dólares. Isto não é uma grande quantia comparada ao tamanho do mercado, mas é uma mudança do acúmulo constante.

No passado, Washington foi capaz de contar com a China e o Japão reciclando seus superávits comerciais com os EUA em títulos do Tesouro Americano. Se a disposição estrangeira para adquirir a dívida do Tesouro diminuir, mas o déficit do orçamento federal não, o Federal Reserve vai ter que aumentar o afrouxo monetário (QE), colocando, assim, mais pressão sobre o dólar.

Em outras palavras, para evitar uma crise imediata, o Federal Reserve tem que continuar com uma política que vai produzir uma crise em algum momento. Ou uma crise financeira agora ou uma crise do dólar mais tarde.

Eventualmente, o Federal Reserve vai forçar a mão. Como o valor cambial está caindo, também vai cair o valor de instrumentos financeiros denominados em dólar, independentemente de quantos títulos o Federal Reserve compre.

Mike Whitney: Como a China vai responder à mudança da posição econômica Americana?

Paul Craig Roberts: Quando me encontrei com legisladores chineses em 2006, eu os aconselhei de que havia um limite de tempo em que eles poderiam contar com o mercado consumidor dos EUA, já que o offshoring de empregos o estava destruindo. 

Eu apontei que a grande população da China proporcionava potencial para uma enorme economia aos legisladores. Eles responderam que a política de um filho, que foi necessária há alguns anos para evitar que a população ultrapassasse a infraestrutura social, estava impedindo o desenvolvimento de uma economia de consumo interna.

Como os camponeses não podiam mais contar com vários filhos para garantir o sustento na velhice, eles economizaram seus ganhos. Os legisladores chineses disseram que eles queriam desenvolver um sistema de previdência social que daria confiança à população para gastar mais seu rendimento. Eu não sei até onde a China foi nessa direção.

Desde 2006 o governo chinês deixou o Yuan se valorizar em 25% ou 33%, dependendo da escolha de base. O aumento no valor cambial da moeda não prejudicou as exportações ou a economia. 

Além disso, os EUA não produziram mais muitos dos itens dos quais depende da China; e outros países em desenvolvimento não têm a combinação de tecnologia que as empresas americanas têm para darem à China e seu grande excesso de mão de obra. Então, é improvável que a China enfrente qualquer ameaça a seu desenvolvimento, exceto por políticas norte-americanas com o intuito de impedir o acesso da China a recursos, como o novo foco das forças militares dos EUA no Pacífico anunciada pelo regime Obama.

As grandes reservas de dólares da China são consequência da proeza tecnológica que a China adquiriu do offshoring de empregos das corporações ocidentais. O que é importante para a China é a tecnologia e o know-how comercial, que eles adquiriram agora.

A riqueza de papel representada pelas reservas em dólar não é o fator importante.

A China poderia desestabilizar o dólar Americano convertendo suas reservas em dólar e despejando o dólar nos mercados de câmbio. O Federal Reserve não seria capaz de manter swaps cambiais com países grandes o suficiente para comprar os dólares despejados e o valor cambial do dólar cairia. Tal ação poderia ser uma resposta chinesa a um cerco militar de Washington.

Na falta de um confronto, o governo chinês deve provavelmente converter seus dólares em ouro, em outras moedas e ativos reais, como petróleo, minérios e alimento.

O afrouxo monetário está rapidamente aumentando o fornecimento de dólares, mas como outros países mudam para outros arranjos para acertar seus desequilíbrios comerciais, a demanda por dólares não está aumentando com a oferta. 

Portanto, o valor do dólar deve cair.


Se essa queda é lenta ou abrupta, devido a um evento do Cisne Negro [1], resta saber.

Nota dos tradutores
[1]Cisne Negro” é um evento ou ocorrência fora do comum que é extremamente difícil de prever. O termo foi popularizado por Nassim Nicholas Taleb, um economista e investidor de Wall Street.
_________________


[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal, Business Week eScripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Fukushima - A Morte Silenciosa II





Nós estamos agora a cerca de um mês e meio do que pode ser o momento mais perigoso para a humanidade desde a crise dos mísseis em Cuba. Não há desculpas para não agir. Todos os recursos precisam estar focados no tanque de combustível do reator quatro de Fukushima.


A empresa proprietária de Fukushima, a Tokyo Electric (Tepco), diz que daqui cerca de 45 dias eles começarão a tentar remover mais de 1.300 tubos de combustível de um dos tanques que está bastante danificado a cerca de 50 metros do chão. Este tanque está em cima de um prédio muito danificado que está afundando, entortando e pode facilmente cair com o próximo terremoto ou até mesmo sozinho.

As quase 400 toneladas de combustível naquela piscina podem derramar 15 mil vezes mais radiação do que foi derramada em Hiroshima.

A única coisa certa sobre essa crise é que a Tepco não tem os recursos financeiros ou científicos para lidar com a situação. Nem mesmo o governo japonês. A situação demanda de um esforço mundial coordenado dos melhores cientistas e engenheiros que nossa espécie pode prover.




Por que isso é tão sério?

Nós já sabemos que milhares de toneladas de água muito contaminada estão vazando de Fukushima desde 2011 e indo direto para o oceano Pacífico. Já foram encontrados cardumes de sardinha com traços de contaminação na costa da Califórnia… E nós devemos esperar coisas muito piores.A Tepco continua a jogar mais e mais água na região dos três núcleos dos reatores destruídos para de alguma forma mantê-los resfriados. O vapor que sai destes indica que a fissão nuclear pode ainda estar ocorrendo no subsolo. Mas ninguém sabe exatamente onde estes núcleos estão.



Esta água jogada torna-se radioativa ao entrar em contato com o núcleo. Como não pode ser descartada, sua maioria está agora armazenada em milhares de enormes porém frágeis tanques que foram montados com pressa em volta do local. Muitos já estão vazando. Eles podem simplesmente se desmontar no próximo terremoto, liberando milhares de toneladas de veneno permanente no Pacífico.A água que está sendo jogada no local está prejudicando as bases das estruturas que sobraram, inclusive a do prédio que suporta o tanque de combustível da unidade quatro.

Mais de 6.000 varas de combustível estão em um tanque apenas a cinquenta metros da unidade quatro. Algumas destas contendo plutônio. O tanque não tem nenhuma contenção extra, está vulnerável à perda do isolamento estrutural, ao colapso de algum prédio próximo, outro terremoto, outra tsunami e mais.

No geral, mais de 11.000 varas de combustível estão espalhadas ao redor da Fukushima. De acordo com o especialista do departamento de energia Robert Alvarez, há cerca de 85 vezes mais césio no local do que o que foi liberado em Chernobyl. Pontos de radioatividade continuam sendo encontrados em todo o Japão. Há indicações de áreas com grande incidência de problemas na tireoide de crianças.

A missão principal é que estas varas de combustível devem sair de alguma forma com segurança deste tanque de combustível do reator quatro o mais rápido possível.



Qual o risco que estas varas de combustível apresentam?

O combustível gasto têm de ser mantido de alguma forma debaixo da água. É revestido em uma liga de zircônio que irá entrar em ignição espontaneamente se exposto ao ar. Usado por muito tempo em lâmpadas de flash de câmeras fotográficas, o zircônio queima com uma chama extremamente clara e quente.

Cada bastão emite radiação o suficiente para matar alguém próximo a ela em questão de minutos. A ignição de uma poderia forçar toda a equipe a abandonar o local e deixaria equipamentos elétricos inutilizados.

De acordo com Arnie Gunderson, uma engenheira nuclear com quarenta anos de experiência em uma indústria que fabrica estas varas de combustível, as que estão dentro do reator da unidade quatro estão tortas, danificadas e trincadas ao ponto de quebrarem. As câmeras mostraram quantidades preocupantes de destroços no tanque de combustível, que parece estar bem danificado.

Os desafios de esvaziar este tanque são cientificamente enormes, diz Gundersen. Mas deverá ser feito com 100% de perfeição.

Se a tentativa falhar, as varas podem ser expostas ao ar e pegar fogo, liberando quantidades horroríficas de radiação na atmosfera. O tanque pode cair no chão, derrubando as varas juntas em uma pilha que poderia ativar a fissão e explodir. O resultado seria uma nuvem radioativa que ameaçaria a segurança e saúde do mundo todo.

Os primeiros vestígios de radiação que Chernobyl emitiu chegaram na Califórnia em dez dias. Os vestígios de Fukushima chegaram em menos de uma semana. Um novo incêndio no tanque de combustível do reator quatro pode derramar uma torrente contínua de radiação venenosa por séculos.

O embaixador aposentado Mitsuhei Murada diz que se esta operação der errado, “destruiria o ambiente mundial e nossa civilização. Não é ciência astronômica ou se conecta com debates sobre plantas nucleares. Esse é um assunto sobre a sobrevivência humana”.

Nem a Tokyo Electric ou o governo do Japão pode fazer isso sozinho. Não há desculpas para não organizar um esforço em conjunto mundial dos melhores engenheiros e cientistas disponíveis.

O relógio está contando e não podemos evitá-lo. O desfecho de um possível desastre nuclear mundial está quase batendo na porta. Para ajudar, a melhor coisa que você pode fazer é passar esta informação para outras pessoas afim de mobilizar e conscientizar o mundo do perigo que estamos enfrentando e assim pressionar as autoridades a se organizarem.


Traduzido e adaptado do blog Common Dreams.



domingo, 13 de outubro de 2013

Fukushima - A Morte Silenciosa



De acordo com o professor de Yale Charles Perrow, o mundo pode estar muito perto de testemunhar uma tragédia nuclear de potência equivalente a 85 vezes ao acidente nuclear em Chernobyl.

A usina nuclear de Fukushima ainda está em ruínas, dois anos depois do terremoto e tsunami que devastaram o Japão, e a radioatividade que vaza da usina contamina 300 toneladas de água do Oceano Pacífico todos os dias. Em 20 de novembro, a empresa responsável pela manutenção das usinas no Japão vai tentar remover cerca de 1.300 varetas de combustível a Unidade de Reator 4, que está altamente danificada. Não precisa ser cientista nuclear pra deduzir o que pode acontecer caso ocorra algum erro durante a operação.

O site frisa, ainda, que toda a estrutura do prédio, talvez das varetas em si, estão danificadas, e é que é fundamental reverter esse quadro porque qualquer outro desastre natural pode liberar a radiação na atmosfera e causar mais um desastre. A preocupação é que esse processo de remoção das varetas é extremamente delicado, e nenhuma delas pode tocar-se entre si ou quebrar durante a remoção - analistas afirmam que a chance de isso acontecer é alta, especialmente porque não acreditam que a TEPCO, a empresa responsável pela operação, tenha uma equipe qualificada e a engenharia ideal para executá-la sem causar um desastre nuclear sem precedentes na Ásia.



No Global Research, analistas clamam para que a humanidade reúna seus melhores cientistas e engenheiros para conduzir a remoção das varetas. O professor de Yale Charles Perrow também se mostra preocupado. "Com a radiação emitida por todas essas varetas, caso elas não sejam mantidas resfriadas e separadas umas das outras, seria preciso evacuar as áreas próximas, incluindo Tóquio. (...) toda a humanidade estaria ameaçada por milhares de anos", disse ele, ao ser entrevistado pelo site Enenews, especializado na área de energia.

A radiação que pode ser vazada é mais de 15 mil vezes o que foi liberado nos bombardeios em Hiroshima, na Segunda Guerra. E explosão da Unidade do Reator 4, além de ameaçar o Japão e os países vizinhos, também ameaça a costa leste dos EUA, do México e da América Central. Moradores dessas áreas teriam que ficar dentro de casa com as janelas fechadas, já que os ventos carregariam a radiação pelo pacífico até o continente americano.

Não termina aí. Uma explosão da Unidade do Reator 4 poderia causar uma explosão em toda a usina de Fukushima. E isso seria tão sério que esse cientista que vive em Boston planeja mudar-se com sua família para o hemisfério sul caso o cenário indique que a operação será executada como está sendo planejada. O hemisfério sul deve receber radiação também caso Fukushima exploda, mas em menor quantidade.

Os sites que noticiaram o problema clamam para que as Nações Unidas e os líderes mundiais (notadamente Barack Obama, já que os sites são americanos) intervenham e reúnam um time dos maiores especialistas para garantir a segurança da espécie humana. Parece papo de teórico da conspiração, mas é física nuclear.


sábado, 28 de setembro de 2013

Iphone5 Apple - No meio ambiente dos outros é colírio

A devastadora “modernidade” do novo Iphone5

“Mineração sem regras reduz florestas a paisagem pós-holocausto, de areia e subsolo ácido. Crianças trabalham em condições chocantes. Um mineiro morre, em acidente de trabalho, a cada semana."

Suspeita de comprar estanho que é extraído por crianças e arrasa um paraíso ambiental, Apple reage tratando usuários como otários
por Vinicius Gomes — publicado 27/09/2013 15:23

[Este é o blog do site Outras Palavras em CartaCapital. Aqui você vê o site completo]

Toda vez que um novo iPhone está para ser lançado, produz-se um frisson mundial. No caso do novo Iphone 5S, não foi diferente. Pessoas acamparam por semanas em frente à loja da Apple em Nova York, esperando que suas portas se abrissem. Quando isso finalmente ocorreu, foram saudadas pelos funcionários como se tivessem acabado de conquistar uma medalha de ouro nas Olimpíadas. Mas por trás de toda a fanfarra de marketing, existe uma realidade que quase nunca é acompanhada pela mídia com tanta empolgação como as filas em frente das lojas.

O jornalista britânico George Monbiot começou a revelá-la esta semana, em seu blog. A Apple, demonstrou ele, participa de um dos crimes ambientais que melhor expõem a desigualdade das relações Norte-Sul e a irracionalidade contemporânea. Ela provavelmente compra estanho produzido, na Indonésia, em relações sociais e de desprezo pela natureza que lembram as do século 19. Pior: convidada por ativistas a corrigir esta prática, a empresa esquiva-se – destoando inclusive de suas concorrentes. E, ao fazê-lo, usa argumentos que sugerem: trata o público s seus consumidores como se fossem incapazes de outra atitude mental além do ímpeto de consumo.

Monbiot refere-se ao uso, pelos fabricantes de celulares, do estanho extraído da ilha de Bangka, na Indonésia. O metal é indispensável para a soldagem interna dos smartphones. Cerca de 30% da produção global concentra-se na Indonésia – mais precisamente, em Bangka. O problema são as condições de extração.

O jornalista as descreve: “Uma orgia de mineração sem regras está reduzindo um sistema complexo de florestas tropicais e campos a uma paisagem pós-holocausto de areia e subsolo ácido. Dragas de estanho, nas águas costeiras, também estão varrendo os corais, os manguezais, os mariscos gigantes, a pesca e as praias usadas como ninhos pelas tartarugas”.

A cobiça pelo estanho barato não poupa nem a natureza, nem o ser humano. Monbiot prossegue: “Crianças são empregadas, em condições chocantes. Em média, um mineiro morre, em acidente de trabalho, a cada semana. A água limpa está desaparacendo. A malária espalha-se e os mosquitos proliferam nas minas abandonadas. Pequenos agricultores são removidos de suas terras”



Estas condições desesperadoras desencadearam reação de ativistas. A organização internacional Amigos da Terra articulou o movimento. Não se trata de algo conduzido por rebeldes sem causa. A campanha reconhece que eliminar a mineração seria uma proposta inviável, por desempregar milhares de pessoas. Propõe, ao contrário, um pacto. Todo o estanho produzido em Bangka é adquirido pelas corporações que fabricam celulares. Se elas concordarem em respeitar condições sociais e ambientais decentes, a exploração de gente e da natureza não poderá prosseguir.

Sete fabricantes transnacionais abriram diálogo com a campanha: Samsung, Philips, Nokia, Sony, Blackberry, Motorola e LG. A única das grandes fabricantes a se recusar foi a Apple – também conhecida por encomendar a fabricação de seus aparelhos às indústrias de ultra-exploração do trabalho humano da Foxconn.

O mais bizarro, conta Monbiot, são os estratagemas primitivos usados pela Apple para evitar um compromisso de respeito aos direitos e à natureza. O jornalista procurou por duas vezes, nos últimos dias, o diretor de Relações Públicas da empresa. Propôs, em nome da transparência, um diálogo gravado. Sugestão negada. Na conversa reservada, relata, não obteve informação alguma, exceto uma sugestão: dirija-se a nosso site.

Mas é lá, diverte-se Monbiot, que a Apple mais zomba da inteligência dos consumidores. A corporação informa, placidamente, que “a Ilha de Bangka, na Indonésia, é uma das principais regiões produtoras de estanho no mundo. Preocupações recentes sobre a mineração ilegal de estanho na região levaram a Apple a uma visitas de inspeção, para saber mais”. Mas a Apple não reconhece que compra o metal produzido em Bangka – provavelmente para não se comprometer com a campanha contra a exploração devastadora. O jornalista, então, pergunta: “Por que dar-se ao trabalho de uma visita de inspeção, se você não usa o estanho da ilha? E se você usa, por que não admiti-lo?”

Tudo isso sugeriria renunciar a um celular? Claro que não, diz Monbiot. Trata-se de exigir das empresas respeito a normas sociais e ambientais. Pressionadas, sete corporações transnacionais ao menos admitiram debater o tema. A Apple destoou. Quem tem respeito pelos direitos sociais e pela natureza deveria evitar os aparelhos da empresa, recomenda o jornalista.

Quem quer ir além pode, por exemplo, optar pelo Fairphone, celular produzido por empreendedores expressamente interessados em proteger direitos e ambiente. Estará disponível a partir de dezembro. Porém, mais de 15 mil unidades já foram vendidas, nos últimos meses a consumidores conscientes.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Império Contra Ataca - Países do Hemisfério Sul devem continuar com Fome e na Pobreza declara o Grande Irmão do Norte

EUA QUESTIONAM AÇÕES DE PROGRAMAS SOCIAIS BRASILEIROS


O GOVERNO AMERICANO QUESTIONA ATÉ MESMO O PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, QUE ESTABELECE FUNDOS PARA A MERENDA



O governo dos Estados Unidos questiona os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam estratégias e mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais.



Na quinta-feira, 26/09, a Casa Branca foi à Organização Mundial do Comércio (OMC) cobrar transparência do Brasil sobre quanto o governo tem de fato usado em esquemas de distribuição de alimentos que foram expandidos nos últimos anos. O governo americano questiona até mesmo o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que estabelece fundos para a merenda.

Não se trata, por enquanto, de uma disputa comercial nos tribunais da OMC. Tanto o governo dos EUA quanto o do Canadá levantaram o debate durante reuniões regulares do Comitê de Agricultura da OMC. Ottawa e Washington já haviam questionado outros aspectos dos incentivos fiscais que o Brasil dá a seus produtores.



A cobrança de Washington é direcionada ao programa expandido no Brasil em 2009, quando a merenda escolar passa a utilizar um volume maior da agricultura familiar. Por lei, governos municipais e estaduais são obrigados a usar no mínimo 30% dos recursos repassados pelo governo federal para alimentação escolar para comprar produtos da agricultura familiar.


Na época, o Ministério do Desenvolvimento Agrário disse que a lei da merenda escolar abriu mercado a produtos com dificuldades de comercialização. Cerca de R$ 3 bilhões já foram usados para atender a 44 milhões de crianças na rede pública. A suspeita, porém, é de que essa seria uma forma indireta de apoio ao produtor agrícola.




Dados


Na quinta-feira, 26, o governo americano pediu que o Brasil forneça dados completos sobre quanto foi usado para comprar a produção local e o detalhamento dos setores beneficiados. Os EUA pediram explicações do Brasil sobre o fato de que o volume de dinheiro público no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tenha crescido de forma substancial em 2010 e solicitou que o país reapresente seus cálculos de quanto gasta à OMC.



O Itamaraty justificou que não havia por que reapresentar os dados e disse que o aumento era apenas resultado de uma contabilidade que passou a incluir os gastos do Ministério do Desenvolvimento Social. Comunicados do governo indicam que, em dez anos, o PAA recebeu R$ 5 bilhões em investimentos. A presidente Dilma já indicou que seu governo comprou 830 mil toneladas de alimentos, com investimentos de R$ 1,75 bilhão. Para 2013, a previsão de investimento é de R$ 1,4 bilhão.

O governo do Canadá também insistiu em obter detalhes de como funciona o Plano Brasil Maior e o fato de que produtores estariam sendo beneficiados por isenções fiscais. Ottawa pediu uma explicação do Brasil sobre o impacto financeiro dessa ajuda governamental.