Um produto ideológico faz parte de uma realidade (natural ou social ) como todo o corpo físico, instrumento de produção ou produto de consumo; mas, ao contrário destes, ele também reflete e retrata uma realidade, que lhe é exterior. Tudo o que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos, tudo o que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia
(Mikhail Bakhtin, Marxismo e Filosofia de Linguagem)
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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Luana Piovani e Lobão - A Rebeldia dos Oportunistas - A Globo e a retórica autoritária dos clowns





Para Ernesto “Guevara” Carvalho o depoimento diante da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta quinta-feira, foi especial.

Deu detalhes que, no passado, pela carga emocional envolvida, já o fizeram travar a fala.

Ernesto, batizado em homenagem ao Che Guevara, é filho de Devanir José de Carvalho, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes que foi morto entre 5 e 7 de abril de 1971.

“Pelo que foi possível reconstituir da morte de Devanir, ainda hoje recoberta de mistério, ele foi recebido por uma rajada de metralhadora quando chegou à sua residência da rua Cruzeiro, no bairro Tremembé, em São Paulo. Levado ao DOPS, onde teria permanecido dois dias, foi torturado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury”, registra o livro Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Ernesto tinha 3 anos quando o pai foi morto. A mãe também foi presa e, quando saiu do DOPS, partiu com Ernesto e o irmão Carlos Alberto para o exílio.

No depoimento de hoje ele relatou detalhes sobre o “saque” de bens a que a família foi submetida depois da morte do pai por agentes da polícia política.

Ernesto, que é músico, também falou da polêmica causada nas redes sociais pelas declarações do cantor Lobão, que recebeu o apoio de integrantes das bandas Paralamas do Sucesso e Ultraje a Rigor.

Depois do depoimento, refletiu sobre a posição assumida por artistas que admirou no passado, sugerindo que foram oportunistas na rebeldia juvenil que, agora envelhecidos, aderiram ao status quo conservador.

Ernesto usou a mesma frase dita por Lobão a respeito das vítimas da ditadura para rebater.




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