Em recente palestra um especialista afirmou que é o vazio da alma a causa da maioria dos vícios e não somente a dependência química do viciado em determinada droga. Vivemos o tempo do vazio da alma. Não são poucas as pessoas que vivem uma existência toda tentando preencher esse vazio com drogas, produtos de consumo, tecnologia de informação, comida, pornografia ou qualquer outro sucedâneo que possa ocupar sua mente vazia. Movimentos carismáticos religiosos, fundamentalistas e tais têm aproveitado esse filão de mentes vazias em busca de um conteúdo para sua existência e lograram cooptar multidões de adeptos. Essa é a grande questão humana. O que fazer?
"A cura para a dependência, portanto, não é a destruição da droga: é o preenchimento do vazio na alma" - diz o especialista com propriedade. A droga é consequência de uma sociedade sem objetivos maiores do que a maximização de resultados de produção para alimentar o sistema numa escala sempre ascendente. Estamos produzindo cada vez mais e já alcançamos um limiar, um êxtase de consumo, quase o limite da satisfação artificial instantânea e portanto necessitamos de estimular nossos neurônios cada vez mais com sensações e imagens de grande impacto e produtos químicos que ampliem as sensações de prazer e a teofania auto-induzida.
Mas após a satisfação do prazer auto-induzido, o que ocorre sempre, o fim do impacto do efeito inebriante, seja ele produzido por qualquer agente externo, surge a queda vertiginosa de sua ação eufórica e o retorno à normalidade levando o usuário à depressão, que deve ser neutralizada com mais um estímulo sempre superlativo em relação ao estímulo anterior. Esse efeito nada tem a ver com o produto em seu sentido mais amplo, não é nada em relação com o que acontece fora do ser, mas sim o efeito da causa no seu interior, a falta de sentido, o vazio da alma.
O ser humano desenvolveu esse processo de auto-indução como nenhum outro animal, pois a maioria das espécies conhecidas estão ocupadas na busca diária da sobrevivência. Só um animal plenamente consciente de sua finitude pode desenvolver um complexo tão exuberante de busca constante de estimulação para compensar sua insegurança em relação à vida. Daí sua busca desenfreada de permanência.
"Cientistas desenvolveram uma vacina experimental, que travou o percurso da heroína em direção ao cérebro de ratos. O estudo, do Instituto Scripps, na Califórnia, abre caminho para a criação de uma vacina contra a heroína em humanos. Aquele instituto está testando vacinas semelhantes para combater a dependência de cocaína e de nicotina."
"Segundo um estudo da Universidade de Indiana, basta um gole de cerveja para que o cérebro do homem liberte dopamina, neurotransmissor ligado à alegria e ao bem-estar. A pesquisa indica que uma pequena quantidade da cerveja preferida é suficiente para estimular o seu consumo repetido. Esta investigação justifica o prazer provocado pela cerveja, logo no primeiro gole."
"Controlando o hipotálamo, cientistas norte-americanos conseguiram retardar o envelhecimento em ratos. Está descoberto o elixir da juventude em humanos? Esse é o passo seguinte. - Não penso que o envelhecimento possa ser completamente parado, adianta, no entanto, um dos cientistas autores do estudo."
"De acordo com um estudo revelado pela BBC, as mulheres fumantes enfrentam um risco superior de sofrer câncer do intestino, em comparação com os homens. A Universidade de Tromso analisou 600 mil pacientes com aquele tipo de câncer e descobriu esta diferença."
"Christian de Duve, distinguido em 1974 com o prêmio Nobel da Medicina pela descoberta da estrutura da célula, recorreu à eutanásia para terminar com a vida. Segundo a família, o médico despediu-se aos 95 anos de idade através de uma técnica que é legal na Bélgica."
"As pessoas com maior memória operacional têm maior tendência a distraírem-se. Um estudo recente demonstrou que quem realiza mais raciocínios em simultâneo tem menor capacidade para absorver a informação durante as tarefas de rotina."
Fonte: http://www.ptjornal.com
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